TESOURO RADIOATIVO SOB OS PÉS DE ALAGOAS

Lítio, Nióbio e Terras-Raras: a Mina Bilionária que Pode Explodir a Qualquer Momento

ECONOMIA

Prof. Me. Diego Farias

6/13/20252 min read

TESOURO RADIOATIVO SOB OS PÉS DE ALAGOAS

Lítio, Nióbio e Terras-Raras: a Mina Bilionária que Pode Explodir a Qualquer Momento!

Uma “nova camada de pré-sal” no Agreste

Um relatório do Serviço Geológico do Brasil (SGB) revelou que o subsolo alagoano, sobretudo na região de Arapiraca, esconde reservas significativas de lítio, nióbio, urânio e terras-raras — minerais cobiçados para baterias de carros elétricos, turbinas e até mísseis de precisão. O achado incendiou Brasília: o senador Renan Calheiros, presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), já convocou um seminário urgente e quer leiloar áreas de exploração ainda este ano, comparando o potencial a “outra camada de pré-sal”.

Dinheiro rápido… e a fila de investidores chineses

Fontes do governo falam em bilhões de reais em royalties e até 20 mil empregos diretos. Delegações da China e do Oriente Médio já rondam o Agreste, prontas para fincar estacas e instalar plantas metalúrgicas que transformariam Arapiraca no mais novo “Silicon Valley das Baterias” latino-americano.

Mas o subsolo de Alagoas sangra — lembre-se da Braskem (Ralagoax)

Antes que a chuva de dólares comece, o fantasma da tragédia Braskem assombra Maceió. A extração de sal-gema pela petroquímica afundou cinco bairros inteiros, desalojou 60 mil pessoas e levou a Polícia Federal a indiciar 20 executivos por crimes ambientais em 2024. Cada nova “promessa de riqueza” traz à memória rachaduras, crateras e o medo de outro colapso geológico.

Especialistas soam o alarme: “Pode virar bomba-relógio”

Geólogos independentes alertam que a exploração de minerais críticos exige engenharia de ponta, monitoramento sísmico contínuo e planos de evacuação. Sem isso, a perfuração em camadas instáveis pode produzir colapsos repentinos, contaminação radioativa (urânio!) e a repetição do desastre Braskem — só que em escala nuclear. Não se brinca com urânio nem com nióbio em solo calcário.

O futuro: el-dourado ou el-desastre?

Se bem gerido, o tesouro oculto pode diversificar a economia, impulsionar a transição energética e tirar o estado da dependência do ICMS de combustíveis. Mas, sem transparência e controle, Alagoas corre o risco de trocar uma vala tóxica por um buraco radioativo.